O processo de aprendizagem e formação na dança: discutindo sobre aulas de reforço e reprovação
- Nayara Calixto

- há 47 minutos
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Você sabia que, assim como nas escolas de educação básica, na Balleto temos um plano pedagógico para um ensino-aprendizagem sólido da Dança e pode existir a necessidade de um aluno fazer aulas de reforço ou, a depender do caso, fazer o mesmo nível por mais de um ano? Nesse debate, é relevante entendermos que, semelhante a outras instituições educacionais (escolas formais, cursos técnicos e graduações), a formação em uma boa escola de dança é rigorosa e processual. Ou seja, é uma formação que requer seriedade e comprometimento como qualquer outra.
A reprovação é um tema delicado e um tanto controverso na área da Educação: há quem a defenda e há quem a repreenda. Talvez a grande questão esteja na motivação da reprovação e como ela acontece. É certo que uma reprovação, seja na dança ou em outro ambiente educativo, pode afetar a autoestima do aluno e levá-lo a desistir, mas em certos casos ela se apresenta como uma necessidade e forma de ter uma aprendizagem eficiente. Dessa forma, não se trata apenas de refazer o mesmo nível, uma reprovação tem que ter um acompanhamento pedagógico e muito diálogo com o aluno e seus pais e/ou responsáveis.
O que leva à indicação para aulas de reforço ou a refazer o mesmo nível?
A necessidade de aulas de reforço e/ou de reprovação pode surgir por diferentes motivos, a frequência é um deles. As faltas, assim como os atrasos, prejudicam o desempenho individual do aluno e da turma, pois as coreografias em grupo (que também fazem parte do processo de formação na Dança) requerem a presença, responsabilidade e comprometimento de todos os envolvidos. Pois, a aprendizagem em dança acontece a partir da experiência prática do corpo, desse modo, ao faltar às aulas e/ou chegar atrasado, o aluno deixa de viver, de experienciar uma aula e, consequentemente, não vivencia os conteúdos e aprendizados nela desenvolvidos. Ademais, os conteúdos de uma aula de dança são trabalhados de forma progressiva, começando pelos movimentos mais simples e evoluindo para os mais complexos, e se o aluno perde as aulas, consequentemente poderá perder essa progressão.
Igualmente, se um aluno ingressa em uma modalidade no meio do ano letivo, pode haver a necessidade de refazer o mesmo nível ou de fazer aulas de reforço, para que assim o estudante tenha um processo de aprendizagem sem defasagem. Ainda existe a possibilidade de, mesmo ingressando no início do ano na turma e com uma boa frequência nas aulas, o aluno precisar refazer o mesmo nível ou realizar aulas de reforço por não ter um bom desempenho técnico. Isso porque cada pessoa tem um tempo de aprendizagem, de entendimento e incorporação da técnica da dança que pratica.
Entender a necessidade de aulas de reforço e/ou de refazer o mesmo nível com um acompanhamento pedagógico é respeitar o tempo de aprendizagem e desenvolvimento de cada pessoa. Lembre-se: aulas de reforço e/ou uma reprovação não significam algo ruim e não devem ser vistas como pejorativas ou como um “atraso”, pois podem ser necessárias no processo de formação do(a) bailarino(a). Confie nos seus professores!




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